23.6.04

tomando banho

domingo passado, enquanto estávamos esperando o fim das mixagens de nossa nova música, nos estúdios da rio música em botafogo, joão aquino foi tirar lá do fundo do baú, episódios tenebrosos dos tempos em que ainda tínhamos coragem de encher a cara de qualquer goró. não sei se a qualidade desses episódios é mesmo tenebrosa. no mínimo são constrangedoras conseguindo até carregar um tom misterioso.
e o pior de tudo é que um dos personagens envolvido era eu.
joão lembrou justamente de um dia em que alex carvalho, um amigo a quem eu apelidara secretamente de alex rimbaud, me dera banho. bem, com esse apelido era de se temer que esse banho fosse realmente comprometedor.
era natal e eu tinha enchido a cara de vinho. fiquei doidão. perdi o juízo. dei cambalhota na salinha de visitas, quase quebrei a mesa de vidro da dona icléa.
deve ter sido ela que mandou o alex me dar banho. eu já não tinha discernimento e o pior: não conseguia me expressar através das palavras. quando eu abria a boca era um "ooooooogh", "srrrrruntf". não conseguia falar: "não! eu não quero que me dêem banho!" assim, nessa crise, fui levado para debaixo do chuveiro, despido e depois disso não lembro de nada. alex se recusa a dizer o que aconteceu. dona icléa diz que cuidava da limpeza da casa.
engraçado é que joão lembrou que alguns outros bebuns haviam tomado banho também dado por seus companheiros (nada a ver com co-habitação). e novamente eles não tinham como se expressar. ficaram grunhindo e também não lebravam de nada.
nessa horas o pessoal em vez de traqüilizar, bota mais terror ainda na gente. não sei quem foi, mas teve gente sugerindo que essa galera fundasse uma associação de vítimas do banho compulsório.
como dizia o velho uruca da tijuca, mó falta de colegolismo.

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