28.4.06

bocada boa

se minha mãe, minha pacata mãe, fosse nomeada secretária de cultura, ministra das comunicações ou qualquer cargo de responsabilidade no poder público, e me indicasse para assessor de alguma coisa, para ganhar um dinheirinho bacana, eu iria recusar?
pô, uma boquinha dessa? caramba? e a ética?
pois é, será que pragmáticos como diogo mainard têm mesmo razão? e nós merecemos os políticos que aí estão, justamente porque eles são nossos fiéis representantes e fazem exatamente o que nós faríamos se estivessemos no lugar deles?
no jornal de hoje, li uma carta aberta a noca da portela, escrita pelo maestro edino krieger. seu noca foi nomeado pela rosinha garotinho secretário de cultura. tempos depois, teria demitido o maestro da presidência do mis (museu da imagem e som), para nomear a sobrinha de não sei quem e mais algum agraciado para outro cargo (boca).
o maestro reclama, com razão, do modo pelo qual foi demitido (ficou sabendo do pé na bunda pelos jornais), e enumera os feitos na administração do mis (parabéns para ele).
não vou fingir surpresa. vigora o "fizeram o que qualquer um faria". porém, o episódio ilustra bem a mentalidade espírito de porco das administrações públicas que se sucedem e não dão continuidade a boas idéias. isso não importa. não importa mesmo não se mexer no time que está ganhando. o importante é a minha, a sua, a nossa sagrada boquinha.
você também não aproveitaria?

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