16.9.04

djangos na fundição

o objetivo era levantar fundos para a asaac, ong que trabalha em são gonçalo, mais precisamente, jardim catarina. segundo um colega meu, tal plaga é o bairro mais populoso da américa latina.
no programa estavam os amigos marcelo yuka, gutz! e muhammad fazendo seleção sonora, free-style com marechal, don negrone e funk e barulho orgânico a cargo de djangos, solstício e confronto.
também teríamos break dance e escola de circo.
tudo isso numa quarta-feira, em plena fundição progresso.
eba!
olha, deu mais gente do que eu imaginei. na verdade eu poderia dizer que subestimei o público, mas isso nem vem em conta, pois eu perdi totalmente a noção de público carioca. estou reduzido ao elam, em jacacity, concrete jungle. tss tss!
eia a minha chance de encontrar velhos conhecidos como brunela e leo bastos, dois primos que acompanham a carreira dos djangos há muito tempo. eles iam gravar noso terceiro clip, "o baile", porém, um complô maldito impediu que o feito fosse a frente!
muito bom vê-los. inclusive, eles levaram uma câmera digital fodaça para o registro da noite.
revi marianinha e andrea wolf. mariana, fotógrafa, está acabando de finalizar seu documentário. a gente se conhece desde a época dos kamundjangos, quando ela ia com a gente pra são paulo, velhos idos. andréa wolf, membro da roda da solidariedade, ex-baterista do nocaute e atualmente em carreira solo, fazendo dub.
encontrei damien falcounier, olha só! daniem foi nosso assistente de estúdio lá no impressão digital. isso foi em 1998. eu acho que ele é de paris. na época, ele falava um português cheio de sotaque. mó barato ver como ele falava francês. um pouco depois ele embarcara como dj do inumanos. nunca mais tinha visto ele. até ontem. pelo que deu pra ver, damien está mais carioca do que eu. perdeu o sotaque e poderia ser confundido com qualquer local.
mó alegria. o cara é gente fina e tem um bom gosto. na época da gravação ele havia me emprestado um cd do salif keita muito bacana. era mesmo salif keita? eu achei que era o élson do forrogode cantando em francês. mas vamos lá!
fomos a última banda a tocar, lá pela boca da madruga. fomos bem recebidos. o som estava um bolo só, mas pau na máquina.
meia hora depois o show havia terminado. um figura ficou possesso, gritando "toca! porra!!!!". acho que era o bianchi, uma cara que escrevia sobre skate há um tempo. nunca mais o vira.
tive que sair correndo. dali a algumas horas, mais um expediente ia começar. essa vida de peão me sufoca.

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