"que onda eu posso tirar?" ou "eu era da vanguarda"

para os nascidos nessa terra linda, aprazível e quente, aqueles dotados de um mínimo de inteligência e senso crítico, está se tornando um mico ser carioca ou fluminense.
o jornal o globo publicou, no domingo passado, um panorama do declínio econômico do estado do rio nas últimas décadas. em índices favoráveis como investimento e arrecadação, estamos lá embaixo. entre outras coisas, a matéria culpa a política clientelista e fisiológica que nos assola há todo esse tempo.
é fácil notar isso na vida prática, não é?
sem deixar de fora áreas cruciais como educação e saúde, quando o assunto é entretenimendo, por exemplo, vemos várias atrações internacionais percorrerem as principais capitais do país e deixarem justo o rio de janeiro fora de seus roteiros. caiu a ficha?
estamos virando ralé!
alguns amigos chegados aos djangos já nos aconselharam a sair do rio e ir para são paulo ou porto alegre. é verdade.
vergonha! vergonha!
para piorar a reputação de ser carioca, na lista divulgada ontem pela cpi dos sanguessugas, a maior bancada de deputados envolvidos no caso das ambulâncias vem do rio de janeiro. a corrupção é preferência nacional, está certo, e ocorre em todos os âmbitos, mas essa constatação não é nenhum motivo de orgulho.
tamo encabeçando geral.
há algum tempo, surgiu um movimento pela volta do estado da guanabara. não sei a quantas anda o movimento, a essa altura relegado ao ostracismo, mas naquela época pude ver que o raciocínio de seus integrantes apontava a fusão da guanabara com o estado do rio, na década de 60, como gênese dos problemas atuais.
havia também a teoria de que o rio abrigava uma oposição ao governo militar e com a fusão tal resistência iria ser debelada.
pelo visto, o plano deu certo. até demais.